Canos Raiados versus Alma
Lisa
O movimento de rotação aplicado no arremesso de uma bola de futebol americano é muito semelhante ao efeito causado no projétil pelo cano raiado |
Embora cartuchos de fuzis, armas curtas e espingardas operem
com base no mesmo princípio geral para disparar seus projéteis, estes se
comportam de formas diversas ao sair do estojo e iniciar sua trajetória ao
longo do cano da arma. A parte interna do cano denomina-se alma.
Cano raiado |
Durante o século XVI, descobriu-se que umas séries de
ranhuras atritavam-se contra a superfície do projétil, fazendo com que este
girasse ao passar pelo cano. Este movimento giratório auxiliava a estabilização
do projétil e impedia que projéteis alongados se desalinhassem ao sair do cano.
Este sistema de ranhuras em espiral tornou-se conhecido por
“raiamento”.
Os canos raiados quase que universalmente são usados hoje em
dia nas armas militares, e vocês podem estar certos de que os fuzis utilizados
em atividades desportivas possuem ranhuras talhadas em suas almas. As armas
curtas também possuem canos raiados. Na verdade, a maioria das armas projetadas
para disparar um único projétil a cada tiro faz uso das vantagens do giro de
estabilização oferecido pelos canos raiados.
Embora o raiamento funcione bem para os projéteis
cilíndricos alongados empregados atualmente, ele não é indicado para armas
destinadas a dispara cargas de chumbo. Uma carga típica de espingarda de caça
contem centenas de pequenas esferas que deforma com facilidade caso sejam
forçadas através de um cano raiado. Além disto, estas pequenas bolas de chumbo
tendem a se achatar e a se acumular na ranhuras do raiamento e sua remoção no
momento da limpeza da arma é difícil.
Fonte: Clair F. Rees 1988
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